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terça-feira, 28 de junho de 2011

SÃO PEDRO - 29 DE JUNHO

SÃO PEDRO – 29 DE JUNHO
1º papa
São Pedro de Grão Vasco, 1506
Nome de nascimento: Simão
Nascimento: Betsaida, 1 a.C.
Eleição 30 d.C.
Entronização 30 d.C.
Fim do pontificado 67 d.C. (68 anos)
Morte Roma, 67 d.C. (68 anos)
Sucessor São Lino
Dia consagrado: 29 de junho


Pedro (século I a.C., Betsaida, Galileia — cerca de 67 d.C., Roma)[1] foi um dos doze apóstolos de Jesus Cristo, como está escrito no Novo Testamento e, mais especificamente, nos quatro Evangelhos. Os católicos consideram Pedro como o primeiro Bispo de Roma[2][3], sendo por isso o primeiro Papa da Igreja Católica.

Nome e importância: Segundo a Bíblia, seu nome original não era Pedro, mas Simão. Nos livros dos Atos dos Apóstolos e na Segunda Epístola de Pedro, aparece ainda uma variante do seu nome original, Simeão. Cristo mudou seu nome para כיפא, Kepha (Cefas em português, como em Gálatas 2:11), que em aramaico significa "pedra", "rocha", nome este que foi traduzido para o grego como Πέτρος, Petros, através da palavra πέτρα, petra, que também significa "pedra" ou "rocha", e posteriormente passou para o latim como Petrus, também através da palavra petra, de mesmo significado.

A mudança de seu nome por Jesus Cristo, bem como seu significado, ganham importância de acordo com a Igreja Católica em Mt 16, 18, quando Jesus diz: "E eu te declaro: tu és Kepha e sobre esta kepha edificarei a minha Igreja e as portas do inferno não prevalecerão nunca contra ela." Jesus comparava Simão à rocha.[4] Pedro foi o fundador, junto com São Paulo, da Igreja de Roma, sendo-lhe concedido o título de Príncipe dos Apóstolos. Esse título é um tanto tardio, visto que tal designação só começaria a ser usada cerca de um século mais tarde, suplementando o de Patriarca (agora destinado a outro uso). Pedro foi o primeiro Bispo de Roma. Essa circunstância é importante, pois daí provém a primazia do Papa e da diocese de Roma sobre toda a Igreja Católica; posteriormente esse evento originaria os títulos "Apostólica" e "Romana".

Dados biográficos

São Pedro e as chaves do céu (Dürer).Antes de se tornar um dos doze discípulos de Cristo, Simão era pescador. Teria nascido em Betsaida e morava em Cafarnaum. Era filho de um homem chamado João ou Jonas e tinha por irmão o também apóstolo Santo André. Novas pesquisas no campo demonstram que Pedro e os demais apóstolos não eram simples pescadores. Ele e André eram "empresários" da pesca e tinham sua própria frota de barcos, em sociedade com Tiago, João e o pai destes Zebedeu.[5] Pedro era casado e tinha pelo menos um filho. Sua esposa era de uma família rica e moravam numa casa própria, cuja descrição é muito semelhante a uma villa romana[6], na cidade "romana" de Cafarnaum[7]. O pai da esposa de Pedro chamava-se Aristóbulo, que tinha um irmão conhecido por Barnabé, e pertenciam provavelmente a uma família aristocrática, possivelmente a do rei Herodes.

Segundo o relato no Evangelho de São Lucas,[8] Pedro teria conhecido Jesus quando este lhe pediu que utilizasse uma das suas barcas, de forma a poder pregar a uma multidão de gente que o queria ouvir. Pedro, que estava a lavar redes com São Tiago e João, seus sócios, concedeu-lhe o lugar na barca que foi afastada um pouco da margem.

No final da pregação, Jesus disse a Simão que fosse pescar de novo com as redes em águas mais profundas. Pedro disse-lhe que tentara em vão pescar durante toda a noite e nada conseguira mas, em atenção ao seu pedido, fá-lo-ia. O resultado foi uma pescaria de tal monta que as redes iam rebentando, sendo necessária a ajuda da barca dos seus dois sócios, que também quase se afundava puxando os peixes. Numa atitude de humildade e espanto Pedro prostrou-se perante Jesus e disse para que se afastasse dele, já que é um pecador. Jesus encorajou-o, então, a segui-lo, dizendo que o tornará "pescador de homens".

Nos Evangelhos Sinóticos o nome de Pedro sempre encabeça a lista dos discípulos de Jesus, o que na interpretação da Igreja Católica Romana deixa transparecer um lugar de primazia sobre o Colégio Apostólico. Não se descarta que Pedro, assim como seu irmão André, antes de seguir Jesus, tenha sido discípulo de João Batista.

Outro dado interessante era a estreita amizade entre Pedro e João Evangelista, fato atestado em todos os evangelhos, como por exemplo, na Última Ceia, quando pergunta ao Mestre, através do Discípulo Amado, quem o haveria de trair ou quando ambos encontram o sepulcro de Cristo vazio no Domingo de Páscoa. Fato é que tal amizade perdurou até mesmo após a Ascensão de Jesus, como podemos constatar na cena da cura de um paralítico posto nas portas do Templo de Jerusalém.

Segundo a tradição defendida pela Igreja Católica Romana, o apóstolo Pedro, depois de ter exercido o episcopado em Antioquia, teria se tornado o primeiro Bispo de Roma. Segundo esta tradição, depois de solto da prisão em Jerusalém, o apóstolo teria viajado até Roma e aí permanecido até ser expulso com os judeus e cristãos pelo imperador Cláudio, época em que haveria voltado a Jerusalém para participar da reunião de apóstolos sobre os rituais judeus no chamado Concílio de Jerusalém. A Bíblia atesta que após esta reunião, Pedro ficou em Antioquia (como o seu companheiro de ministério, Paulo, afirma em sua carta aos gálatas. A tradição da Igreja Católica Romana afirma que depois de passar por várias cidades, Pedro haveria sido martirizado em Roma entre 64 e 67 d.C. Desde a Reforma, teólogos e historiadores protestantes afirmaram que Pedro não teria ido a Roma, esta tese foi defendida mais proeminentemente por Ferdinand Christian Baur da Escola Tübingen. Outros, como Heinrich Dressel, em 1872, declararam que Pedro teria sido enterrado em Alexandria, no Egito ou em Antioquia.[2] Hoje, porém os historiadores concordam que Pedro realmente viveu e morreu em Roma. O historiador luterano Adolf Harnack afirmou, que as teses anteriores foram tendenciosas e prejudicaram o estudo sobre a vida de Pedro em Roma.[2] Sua vida continua sendo objeto de investigação, mas o seu túmulo está localizado na Basílica de Pedro no Vaticano, o qual foi descoberto em 1950 após anos de meticulosa investigação.[3]

Acredita-se que assim como Judas Iscariotes, Pedro tenha sido um zelota, grupo no qual teria surgido dos fariseus e constituía-se de pequenos camponeses e membros das camadas mais pobres da sociedade.Tal fato pode ser verificado em Marcos 3,19. Some-se a todos estes itens ainda o fato de os Evangelhos narrarem que Pedro negou a Jesus durante o famoso episódio em que o galo cantou.[9]

O primado de Pedro segundo a Igreja Católica

Cristo entrega as chaves do céu a Pedro (Perugino, Capela Sistina).Toda a primeira parte do Evangelho gira em torno da pergunta: quem é Jesus? Simão foi o primeiro dos discípulos a responder essa pergunta: Jesus é o filho de Deus. É esse acontecimento que leva Jesus a chamá-lo de Pedro.

Encontramos o relato do evento no Evangelho de São Mateus, 16:13-19: Jesus pergunta aos seus discípulos (depois de se informar do que sobre ele corria entre o povo): "E vós, quem pensais que sou eu?".

Simão Pedro, respondendo, disse: “Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo”. Jesus respondeu-lhe: “Bem-aventurado és tu, Simão, filho de Jonas, porque não foi carne ou sangue que te revelaram isso, e sim Meu Pai que está nos céus. Também Eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei Minha Igreja[10], e as portas do Hades[11] nunca prevalecerão contra ela. Eu te darei as chaves do Reino dos Céus e o que ligares na terra será ligado nos céus. E o que desligares na terra será desligado[12] nos céus” (Mt 16, 16:19).

O Evangelho de João[13], bem como o de Lucas[14], também falam a respeito do primado de Pedro dever ser exercido particularmente na ordem da Fé, e que Cristo o torna chefe: Jesus disse a Simão (Pedro): "Simão, filho de João, tu Me amas mais do que estes? "Ele lhe respondeu: "Sim, Senhor, tu sabes que te amo". Jesus lhe disse: "Apascenta Meus cordeiros". Segunda vez disse-lhe: "Simão filho de João, tu Me amas? - "Sim, Senhor”, disse ele, “tu sabes que te amo". Disse-lhe Jesus: "Apascenta Minhas ovelhas". Pela terceira vez lhe disse: "Simão filho de João, tu Me amas? Entristeceu-se Pedro porque pela terceira vez lhe perguntara “Tu Me amas?” e lhe disse: "Senhor, tu sabes tudo; tu sabes que te amo". Jesus lhe disse: "Apascenta Minhas ovelhas.[15]

Simão, Simão, eis que Satanás pediu insistentemente para vos peneirar como trigo; Eu, porém, orei por ti, a fim de que tua fé não desfaleça. Quando, porém, te converteres, confirma teus irmãos.[16]

Mais do que em Mt 16, 17:19 esse texto é mais claro no que se refere ao primado que Cristo confere a Pedro no próprio seio dos apóstolos; um papel de direção na Fé.
O apóstolo Pedro, o primeiro Bispo de Roma
São Pedro por El Greco. A comunidade de Roma foi fundada pelos apóstolos Pedro e Paulo e é considerada a única comunidade cristã do mundo fundada por mais de um apóstolo e a única do Ocidente instituída por um deles. Por esta razão desde a antiguidade a comunidade de Roma (chamada atualmente de Santa Sé pelos católicos) teve o primado sobre todas as outras comunidades locais (dioceses); nessa visão o ministério de Pedro continua sendo exercido até hoje pelo Bispo de Roma (segundo o catolicismo romano), assim como o ministério dos outros apóstolos é cumprido pelos outros Bispos unidos a ele, que é a cabeça do colégio apostólico, do colégio episcopal. A sucessão papal (de Pedro) começou com São Lino (67) e, atualmente é exercida pelo papa Bento XVI.

Segundo essa visão, o próprio apóstolo Pedro atestou que exerceu o seu ministério em Roma ao concluir a sua primeira epístola: "A [Igreja] que está em Babilônia, eleita como vós, vos saúda, como também Marcos, meu filho."[17]. Trata-se da Igreja de Roma[18]. Assim também o interpretaram todos os autores desde a Antiguidade, como abaixo, como sendo a Roma Imperial (decadente). O termo não pode referir-se à Babilônia sobre o Eufrates, que jazia em ruínas ou à Nova Babilônia (Selêucia) sobre o rio Tigre, ou à Babilônia Egípcia cerca de Mênfis, tampouco a Jerusalém; deve, portanto referir-se a Roma, a única cidade que é chamada Babilônia pela antiga literatura Cristã[19].

Os historiadores atualmente acreditam que a tradição católica está correta, igualmente muitas tradições antigas corroboram com a versão de que Pedro esteve em Roma e que ali teria sido martirizado:

Assim nos refere o bispo Dionísio de Corinto, em extrato de uma de suas cartas aos romanos (170):
"Tendo vindo ambos a Corinto, os dois apóstolos Pedro e Paulo nos formaram na doutrina do Evangelho. A seguir, indo para a Itália, eles vos transmitiram os mesmos ensinamentos e, por fim, sofreram o martírio simultaneamente."[20]
Gaio, presbítero romano, em 199:
"Nós aqui em Roma temos algo melhor do que o túmulo de Filipe. Possuímos os troféus dos apóstolos fundadores desta Igreja local. Vai à Via Ostiense e lá encontrareis o troféu de Paulo; vai ao Vaticano e lá vereis o troféu de Pedro."
Gaio dirigiu-se nos seguintes termos a um grupo de hereges: "Posso mostrar-vos os troféus (túmulos) dos Apóstolos. Caso queirais ir ao Vaticano ou à Via Ostiense, lá encontrareis os troféus daqueles que fundaram esta Igreja."[21]

Orígenes (185 - 253) responsável pela Escola Catequética de Alexandria afirmou:
"Pedro, ao ser martirizado em Roma, pediu e obteve fosse crucificado de cabeça para baixo"[22]
"Pedro, finalmente tendo ido para Roma, lá foi crucificado de cabeça para baixo."[23]
Ireneu (130 - 202), Bispo de Lião (nascido em Izmir atual Turquia) referiu:
"Para a maior e mais antiga a mais famosa Igreja, fundada pelos dois mais gloriosos Apóstolos, Pedro e Paulo." e ainda "Os bem-aventurados Apóstolos portanto, fundando e instituindo a Igreja, entregaram a Lino o cargo de administrá-la como bispo; a este sucedeu Anacleto; depois dele, em terceiro lugar a partir dos Apóstolos, Clemente recebeu o episcopado."
"Mateus, achando-se entre os hebreus, escreveu o Evangelho na língua deles, enquanto Pedro e Paulo evangelizavam em Roma e aí fundavam a Igreja."[24]
Formado como jurista Tertuliano (155-222 d.C.) falou da morte de Pedro em Roma:
"A Igreja também dos romanos publica - isto é, demonstra por instrumentos públicos e provas - que Clemente foi ordenado por Pedro."
"Feliz Igreja, na qual os Apóstolos verteram seu sangue por sua doutrina integral!" - e falando da Igreja Romana, "onde a paixão de Pedro se fez como a paixão do Senhor."
"Nero foi o primeiro a banhar no sangue o berço da fé. Pedro então, segundo a promessa de Cristo, foi por outrem cingido quando o suspenderam na Cruz."[25]
Eusébio (263-340 d.C.) Bispo de Cesáreia, escreveu muitas obras de teologia, exegese, apologética, mas a sua obra mais importante foi a História Eclesiástica, onde ele narra a história da Igreja das origens até 303. Refere-se ao ministério exercido por Pedro:
"Pedro, de nacionalidade galileia, o primeiro pontífice dos cristãos, tendo inicialmente fundado a Igreja de Antioquia, se dirige a Roma, onde, pregando o Evangelho, continua vinte e cinco anos Bispo da mesma cidade."
Epifânio (315-403 d.C.), Bispo de Constância (também foi Bispo de Salamina e Metropolita do Chipre) fala da sucessão dos Bispos de Roma:
"A sucessão de Bispos em Roma é nesta ordem: Pedro e Paulo, Lino, Cleto, Clemente etc..."[26]
Doroteu[desambiguação necessária]:
"Lino foi Bispo de Roma após o seu primeiro guia, Pedro."[27]
Optato de Milevo:
"Você não pode negar que sabe que na cidade de Roma a cadeira episcopal foi primeiro investida por Pedro, na qual Pedro, cabeça dos Apóstolos, a ocupou."[28]
Cipriano (martirizado em 258), Bispo de Cartago (norte da África), escreveu a obra "A Unidade da Igreja" (De Ecclesiae Unitate), onde diz:
"A cátedra de Roma é a cátedra de Pedro, a Igreja principal, de onde se origina a unidade sacerdotal."[29]
Santo Agostinho (354 - 430):
"A Pedro sucedeu Lino."[30]
Há linha de pensamento contrária porém. O testemunho mais antigo indicado é o de 1 Pedro 5:13: “Aquela que está em Babilônia, escolhida igual a vós, manda-vos os seus cumprimentos.” Numa nota ao pé da página, na Nova Bíblia Americana (em inglês), uma moderna tradução católica romana, identifica-se esta “Babilônia” do seguinte modo: “Roma, a qual, assim como a antiga Babilônia, conquistou Jerusalém e destruiu seu templo.” No entanto, esta mesma tradução católica reconhece que, se Pedro escreveu a carta, “ela deve datar de antes de 64-67 A. D., período em que se deu sua execução sob Nero”. Mas, Jerusalém só foi destruída pelos romanos em 70 E.C. De modo que, no tempo em que Pedro escreveu a sua carta, não existia nenhuma correlação entre Babilônia e Roma.

De maneira que a idéia de que Babilônia significa Roma simplesmente é interpretação, mas sem apoio de fatos. Isto foi questionado por eruditos católicos romanos dos séculos passados, incluindo Pedro de Marca, João Batista Mantuan, Miguel de Ceza, Marsile de Pádua, João Aventin, João Leland, Charles du Moulin, Luís Ellies Dupin e o famoso Desidério (Gerhard) Erasmo. O historiador eclesiástico Dupin escreveu:

“A Primeira Epístola de Pedro é datada de Babilônia. Muitos dos antigos compreenderam este nome como significando Roma; mas não aparece nenhum motivo que pudesse induzir S. Pedro a mudar o nome de Roma para o de Babilônia. Como poderiam aqueles a quem escreveu entender que Babilônia significava Roma?” Além das referências a “Babilônia, a Grande”, no livro de Revelação ou Apocalipse, apenas uma cidade é chamada Babilônia nas Escrituras Sagradas. Esta cidade é a Babilônia situada junto ao Eufrates. Teria sido de lá que Pedro escreveu?

Evidência histórica mostra que sim. Embora Babilônia entrasse em decadência depois de sua queda diante dos medos e dos persas, ela continuou a existir. Havia uma considerável população judaica na vizinhança de Babilônia, nos primeiros séculos da Era Comum. A enciclopédia The International Standard Bible Encyclopedia diz: ‘Babilônia permaneceu um foco do judaísmo oriental durante séculos, e, das discussões nas escolas rabínicas ali foi elaborado o Talmude de Jerusalém no quinto século de nossa era, e o Talmude de Babilônia, um século depois.’

Pedro deve ter querido dizer exatamente o que escreveu. Isto se torna evidente da decisão que tomou alguns anos antes de escrever sua primeira carta inspirada. Numa reunião com Paulo e Barnabé, ele concordou em continuar a devotar seus esforços para divulgar o evangelho entre os judeus. Lemos: “Viram que a evangelização dos incircuncisos me era confiada [i. e., a Paulo], como a dos circuncisos a Pedro, (por que aquele cuja ação fez de Pedro o Apóstolo dos circuncisos, fez também de mim o dos pagãos [gentios]). Tiago, Cefas e João, que são considerados as colunas, reconhecendo a graça que me foi dada, deram as mãos a mim e a Barnabé em sinal de pleno acordo: iríamos aos pagãos, e eles aos circuncidados [judeus].” (Gál. 2:7-9, Centro Bíblico Católico) Por conseguinte, Pedro teria razoavelmente trabalhado num centro do judaísmo, tal como Babilônia, em vez de em Roma, com a sua população predominantemente gentia ou pagã.

A afirmação de que Pedro esteve em Roma não tem assim nenhuma base no testemunho da própria Bíblia.

Os textos escritos pelo apóstolo O Novo Testamento inclui duas epístolas cuja autoria é atribuída a Pedro: A "Primeira epístola de São Pedro e a Segunda epístola de São Pedro".

Indícios arqueológicos

Crucifixão de São Pedro (Santa Maria del Popolo, Roma, Caravaggio, 1600).Ver artigo principal: Túmulo de São Pedro
A partir da década de 1950 intensificaram-se as escavações no subsolo da Basílica de São Pedro, lugar tradicionalmente reconhecido como provável túmulo do apóstolo e próximo de seu martírio no muro central do Circo de Nero. Após extenuantes e cuidadosos trabalhos, inclusive com remoção de toneladas de terra que datava do corte da Colina Vaticana para a terraplanagem da construção da primeira basílica na época de Constantino, a equipe chefiada pela arqueóloga italiana Margherita Guarducci encontrou o que seria uma necrópole atribuída a Pedro, inclusive uma parede repleta de grafitos com a expressão Petrós Ení, que, em grego, significa "Pedro está aqui".

Também foram encontrados, em um nicho, fragmentos de ossos de um homem robusto e idoso, entre 60-70 anos, envoltos em restos de tecido púrpura com fios de ouro que se acredita, com muita probabilidade, serem de Pedro. A data real do martírio, de acordo com um cruzamento de datas feito pela arqueóloga, seria 13 de outubro de 64 d.C. e não 29 de junho, data em que se comemorava o traslado dos restos mortais de Pedro e São Paulo para a estada dos mesmos nas Catacumbas de São Sebastião durante a perseguição do imperador romano Valeriano em 257.

BIBLIOGRAFIA:
1.↑ segundo a tradição bíblica
2.↑ a b c Josef Burg Kontrover-Lexikon Fredebeul&Coenen, Essen, 1903.
3.↑ a b Oxford Dictionary of the Christian Church (Universidade de Oxford - 2005) ISBN 978-0-19-280290-3), artigo "Pope"
4.↑ Existem diversas interpretações protestantes sobre o significado deste versículo. As igrejas do protestantismo histórico, argumentam que a "pedra" referida seria a confissão de fé de Pedro, isto é, que Cristo é o Messias (Religion: Peter & the Rock." Time," Dec. 07, 1953). As igrejas pentencostais e neopentencostais argumentam recentemente que a pedra é o próprio Jesus. Em ambos os casos afirma-se que na tradução da Bíblia em grego, a palavra para pedra é "petra", que significa uma "rocha grande e maciça", a palavra usada como nome para Simão, por sua vez, é "petros", que significa uma "pedra pequena" ou "pedrinha". Porém em grego, inicialmente as palavras "petros" e "petra" eram sinônimos no primeiro século e no Evangelho segundo Mateus original em aramaico, língua falada por Jesus e pelos apóstolos, a palavra para rocha ou pedra é Kepha, enquanto a palavra para pedrinha é evna, o que Jesus disse a Simão foi “tu és Kepha e sobre esta kepha construirei minha igreja.”
5.↑ Evangelho de Lucas 5,1-11
6.↑ Evangelho de Lucas 5, 17-26
7.↑ A cidade de Cafarnaum possuía status de cidade romana
8.↑ 5:1-11
9.↑ Vailatti escreveu um interessante artigo no qual ele questiona a ideia de um galo (literalmente) ter cantado durante a negação de Pedro. (Cf. Vailatti, Carlos Augusto. A Verdade Sobre o Canto do Galo no Episódio da Negação de Pedro. São Paulo, Publicação do Autor, 2011). Disponível em: http://artigocientifico.com.br/artigos/?mnu=1&smnu=5&artigo=3343
10.↑ O termo semítico que traduz o termo grego εκκλησία, "ekklesia" é assembléia, freqüentemente encontra-se no Antigo Testamento para designar a comunidade do povo eleito (cf. Dt 4,40 etc. ; At 7,38), que Cristo institui seu chefe.
11.↑ Hades (hebraico Sheol), cujas “portas” personificadas evocam as potências do Mal que Cristo garante que jamais prevalecerão contra Sua Igreja. Cristo para designar todo o poder do Mal usou o termo “portas”, da mesma forma o Reino de Deus tem portas, na sequência Pedro recebe suas chaves. É por esta razão que Pedro é, geralmente representado com chaves na mão e como porteiro do Paraíso
12.↑ . Cabe a Pedro abrir ou fechar o acesso ao Reino dos Céus, por meio da Igreja. "Ligar" e "desligar" são dois termos técnicos da linguagem rabínica que referem-se primeiramente ao domínio disciplinar da excomunhão, também referem-se as decisões doutrinais ou jurídicas. Responsável por administrar a comunidade em matéria de Fé e de moral.
13.↑ 21, 15:17
14.↑ 22,31
15.↑ Jô 21, 15:17
16.↑ Lc 22, 31:32
17.↑ I Epístola de Pedro 5,13
18.↑ Cf. Ap. 14,8 ; 16,19 ; 17,5.
19.↑ Apoc., xvii, 5; xviii, 10; "Oracula Sibyl.", V, versos 143 e 159, ed. Geffcken, Leipzig, 1902, 111.
20.↑ Fragmento conservado na História Eclesiástica de Eusébio, II,25,8.
21.↑ Eusébio, História Eclesiástica, 1125, 7.
22.↑ Com. in Genes., t. 3
23.↑ Fragmento conservado na "História Eclesiástica" de Eusébio, III,1.
24.↑ L. 3, c. 1, n. 1, v. 4
25.↑ Scorp. c. 15
26.↑ ii. 27 - Sales, St. Francis de, The Catholic Controverse, Tan Books and Publishers Inc., USA, 1989, pp. 280-282.
27.↑ In: Syn.
28.↑ De Sch. Don.
29.↑ Epístola 55,14.
30.↑ Ep. 53, ad. Gen.

quarta-feira, 22 de junho de 2011

CORPUS CHRISTI

CORPUS CHRISTI, UMA DATA ESPECIAL NA QUAL FESTEJAMOS A PRESENÇA REAL DE NOSSO SALVADOR JESUS CRISTO ENTRE NÓS, A EUCARISTIA.

DEVEMOS CELEBRAR E NOS ALEGRAR PELA PRESENÇA DO CRISTO, QUE NOS PROMETEU QUE ESTARIA CONOSCO ATÉ A CONSUMAÇÃO DOS SÉCULOS. “ENSINANDO-OS A GUARDAR TODAS AS COISAS QUE EU TENHO MANDADO, E EIS QUE EU ESTAREI CONVOSCO TODOS OS DIAS, ATÉ A CONSUMAÇÃO DOS SÉCULOS” (Mt 28,20).

EUCARISTIA É A ENTREGA DO PRÓPRIO CRISTO POR NOSSA REDENÇÃO. ESSE AMOR REDENTOR NÃO TEM LIMITES E PENETRA RUAS E PRAÇAS, CIDADES E CAMPOS, E ATÉ O MAIS DIFÍCIL OU GENEROSO CORAÇÃO HUMANO. O AMOR PAIXÃO-DOR-SUPLÍCIO-ENTREGA TORNA-SE AMOR-RESSURREIÇÃO.

EUCARISTIA É AMOR QUE DESEJA ENCONTRAR-SE, E NÃO ESCOLHE POVOS E PAÍSES. EIS O SENTIDO DA PROCISSÃO DE CORPUS CHRISTI: ELE SE ENCONTRA CONOSCO NA REALIDADE DE NOSSA VIDA, ONDE PASSAMOS E PASSEAMOS, ONDE CONVERSAMOS E TRABALHAMOS. É DEMONSTRAÇÃO DE SEU AMOR INFINITO QUE QUER VIVER ONDE VIVEMOS, ESTAR ONDE ESTAMOS.

RUAS ENFEITADAS PELO ESFORÇO DE MUITOS, CANTOS E PRECES QUE BROTAM DE NOSSOS LÁBIOS, OLHARES CONTEMPLATIVOS E CORAÇÃO FERVILHANTE DE FÉ, MANIFESTAM O RESPEITO E O TAMANHO DE NOSSO AMOR PARA COM O DEUS-PÃO VIVO, DESCIDO DO CÉU.

A PALAVRA CORPUS CHRISTI SIGNIFICA O CORPO DE CRISTO. NESTA DATA CELEBRA-SE A PRESENÇA REAL DO CRISTO NA EUCARISTIA, DO JESUS RESSUSCITADO EM NOSSO MEIO. E ESSA REALIDADE É ALGO MUITO IMPORTANTE PORQUE SE INSERE MUITO BEM EM TODO O CONTEXTO DE QUE O FILHO DE DEUS REALMENTE SE FEZ HOMEM, E SE DEU POR AMOR A NÓS E HOJE ESTÁ NO NOSSO MEIO, É IMPORTANTE TERMOS ESSA PERCEPÇÃO DA REALIDADE DA SALVAÇÃO DO CORPO E DO SANGUE DE CRISTO RESSUSCITADO ENTRE NÓS.

COMO SE ORIGINOU A FESTA DE CORPUS CHRISTI?

SE ORIGINOU NO FINAL DO SÉCULO XIII, NA BÉLGICA, O MOVIMENTO QUE ORIGINOU VÁRIOS COSTUMES EUCARÍSTICOS, COMO A EXPOSIÇÃO E BÊNÇÃO DO SANTÍSSIMO SACRAMENTO, O USO DOS SINOS DURANTE ELEVAÇÃO NA MISSA E A FESTA DE CORPUS CHRISTI.

A TRADIÇÃO DA CELEBRAÇÃO E PROCISSÃO FOI TRAZIDA DA EUROPA PARA O BRASIL PELOS PORTUGUESES. A PROCISSÃO É UMA MANIFESTAÇÃO PÚBLICA DE FÉ E RELIGIÃO, MUITO BONITA E MUITO ALEGRE.

O QUE QUEREMOS EXPRESSAR NESTAS MANIFESTAÇÕES DE CORPUS CHRISTI É TUDO AQUILO QUE É PROFUNDAMENTE HUMANO, A CULTURA, A ARTE, A HISTÓRIA, A TRADIÇÃO DO POVO, UMA HOMENAGEM QUE COLOCAMOS DIANTE DE CRISTO.

FONTE: REVISTA APARECIDA – EDIÇÃO Nº 99 (JUNHO DE 2010) E 111 (JUNHO DE 2011).

segunda-feira, 20 de junho de 2011

24 DE JUNHO - DIA DE SÃO JOÃO

SÃO JOÃO BATISTA É UM DOS SANTO MAIS POPULARES. SUA FESTA É ALEGRE, RICAS EM SIMBOLOGIAS. COM MUITA MÚSICA E DANÇAS, O PONTO CENTRAL É A FOGUEIRA, LEMBRANDO AQUELA PRIMEIRA FEITA POR SEUS PAIS PARA COMUNICAR O SEU NASCIMENTO: ANEL DE LIGAÇÃO ENTRE A ANTIGA E A NOVA ALIANÇA. JOÃO BATISTA TEVE A GRANDE MISSÃO DE BATIZAR O PRÓPRIO CRISTO. ELE APRESENTOU OFICIALMENTE CRISTO AO POVO COMO MESSIAS COM ESTAS PALAVRAS:

"Eis o Cordeiro de Deus que tira os pecados do mundo... Ele vos batizará com o Espírito Santo e com o fogo."

Fonte: Revista de Aparecida - Nº 111 - Junho/2011.

segunda-feira, 13 de junho de 2011

JORNAL FOLHA UNIVERSAL - 1000 EDIÇÕES

O JORNAL FOLHA UNIVERSAL DA IGREJA UNIVERSAL DO REINO DE DEUS COMPLETOU NESTE MÊS DE JUNHO 1000 EDIÇÕES.ESSE VEÍCULO DE COMUNICAÇÃO TEM UMA MÉDIA DE TIRAGEM DE 2 MILHÕES E MEIO DE EXEMPLARES SEMANAIS. O JORNAL TRAZ ALÉM DE PALAVRAS DE FÉ, NOTÍCIAS ATUAIS DO BRASIL E DO MUNDO. PARABÉNS AOS FUNCIONÁRIOS QUE FAZEM CHEGAR INFORMAÇÃO AOS MILHÕES DE LARES BRASILEIROS!!!

quinta-feira, 9 de junho de 2011

COMUNIDADE DO BONFIM EM ANGRA DOS REIS / RJ REALIZA CELEBRAÇÃO EM HOMENAGEM AO PADRE HÉLIO LIBARDI

NA SEGUNDA-FEIRA, DIA 06 DE JUNHO DE 2011, FOI REALIZADA JUNTO A NOVENA DO DIVINO ESPÍRITO SANTO,NA COMUNIDADE DO BONFIM, EM ANGRA DOS REIS, UMA CELEBRAÇÃO EM HOMENAGEM AO PADRE HÉLIO LIBARDI, MISSIONÁRIO REDENTORISTA, QUE PARTICIPOU DAS MISSÕES REDENTORISTAS NA COMUNIDADE DO BONFIM EM MAIO DE 2010.
FOI UMA CELEBRAÇÃO COM MUITA EMOÇÃO. FOI LIDO VÁRIAS MENSAGENS E A NOTÍCIA DE SEU FALECIMENTO EXTRAÍDO DO SITE WWW.A12.COM

quinta-feira, 2 de junho de 2011

CONFIRA A PROGRAMAÇÃO RELIGIOSA DA FESTA DO DIVINO ESPÍRITO SANTO, EM ANGRA DOS REIS / RJ

03 DE JUNHO - SEXTA

19:30H - MISSA DE ABERTURA DA NOVENA. ENTREGA DAS BANDEIRAS DO DIVINO AS COMUNIDADES. LOCAL: IGREJA MATRIZ

04 DE JUNHO - SÁBADO

19:30H - MISSA NA IGREJA DO CARMO E NOVENA NAS COMUNIDADES DA PARÓQUIA NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃO.

05 DE JUNHO - DOMINGO

06:30H - MISSA NA MATRIZ
09H - MISSA NA MATRIZ
18H - MISSA NO CARMO
19:30 - NOVENA NAS COMUNIDADES DA PARÓQUIA N. S. DA CONCEIÇÃO
20H - MISSA NO CARMO

06 DE JUNHO - SEGUNDA

19:30H - MISSA DA ESPERANÇA NO CARMO E NOVENA NAS COMUNIDADES DA PARÓQUIA

07 DE JUNHO - TERÇA

12H - MISSA NA MATRIZ
16H - MISSA NO HOSPITAL (SANTA CASA)
19:30H - NOVENA NAS COMUNIDADES DA PARÓQUIA

08 DE JUNHO - QUARTA

07:30H - MISSA NA IGREJA DO CARMO
14H - TERÇO E NOVENA PERPÉTUA, NA MATRIZ
19:30H - NOVENA NAS COMUNIDADES DA PARÓQUIA

09 DE JUNHO - QUINTA

15:30H - MISSA NO ASILO
19:30H - MISSA DA ESPERANÇA NO CARMO E NOVENA NAS COMUNIDADES

10 DE JUNHO - SEXTA

06H - ALVORADA
12H - ALMOÇO NO CONVENTO DO CARMO
19:30H - MISSA E COROAÇÃO DO MENINO IMPERADOR, NA MATRIZ

11 DE JUNHO - SÁBADO

15H - CELEBRAÇÃO COM AS CRIANÇAS DA CATEQUESE E ENCONTRO DO MENINO IMPERADOR COM AS CRIANÇAS, NA MATRIZ
19:30H - MISSA DE ENCERRAMENTO DA NOVENA, NA MATRIZ.

12 DE JUNHO - DOMINGO - DIA DE PENTECOSTES

05H - AMANHECER DO ESPÍRITO SANTO
06H - ALVORADA
10H - MISSA FESTIVA NA MATRIZ
17H - PROCISSÃO DO DIVINO
23H - ENCERRAMENTO COM QUEIMA DO QUADRO GLÓRIA

FALECIMENTO DO PADRE HÉLIO LIBARDI, MISSIONÁRIO REDENTORISTA DE APARECIDA

MORREU NA ÚLTIMA SEGUNDA-FEIRA, DIA 31 DE MAIO, O PADRE HÉLIO LIBARDI, MISSIONÁRIO REDENTORISTA DE APARECIDA DO NORTE / SP.
PADRE HÉLIO, ESTEVE NO BAIRRO BONFIM E NO CENTRO, EM ANGRA DOS REIS, EM MAIO DE 2010, PARA A REALIZAÇÃO DAS MISSÕES REDENTORISTAS NA PARÓQUIA NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃO.
MOSTROU-NOS MUITO CONHECIMENTO TEOLÓGICO.

JÁ ESTAMOS COM SAUDADES!!!

A COORDENAÇÃO CATÓLICA DO BAIRRO BONFIM FARÁ UMA CELEBRAÇÃO DE SÉTIMO DIA, NA SEGUNDA-FEIRA, DIA 06 DE JUNHO, ÁS 19:30H NO CLUBE LYRA DO BONFIM.