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domingo, 25 de dezembro de 2011

MISSA DO GALO 2011

Joseph Ratzinger celebra a tradicional Missa do Galo na Basílica de São Pedro. Foto: AFP Joseph Ratzinger celebra a tradicional Missa do Galo na Basílica de São Pedro
Foto: AFP

Pela terceira vez em sete anos de seu Pontificado, o papa Bento XVI celebra na noite deste sábado a tradicional Missa do Galo na Basílica de São Pedro, no Vaticano, às 22h (local, 19h de Brasília), duas horas antes do normal. A medida visa evitar o cansaço de Bento XVI, devido à sua idade, 84 anos, e porque ele terá de estar à frente dos ritos de Natal neste domingo.
Em uma noite chuvosa e fria no Vaticano, o papa celebra a missa na qual a Igreja lembra o nascimento de Jesus. Bento XVI chegou ao templo no papamóvel, o qual já vem utilizando nos últimos meses para se deslocar pela Basílica, evitando esforços físicos. Ele foi recebido com aplausos pelos milhares de fiéis que várias horas antes já enchiam o templo.
O rito começou com um momento de preparação, em silêncio e recolhimento, seguido das calendas, antigo texto que anuncia o nascimento de Cristo, que foi cantado ao princípio da missa, em latim, por um cantor da Capela Sistina. Junto ao altar maior, da Confissão, foi colocado um Menino Jesus e uma estátua de Nossa Senhora de Montserrat, que foi dada pelo ex-presidente João Goulart a Paulo VI quando foi escolhido papa, em 1963.
A estátua é da escola brasileira, do século XVIII, e representa a Virgem de Montserrat pintada em ouro com policromia original e prata dourada. A Capela Pontifícia Sistina canta em gregoriano e polifonias. A música é a típica do Natal, e foi tocadas peças de Pier Luigi da Palestrina.



Em uma homilia em que clamou pela paz em várias ocasiões, o papa assinalou que Cristo nasceu em um estábulo de Belém "e não nos palácios dos reis", o que demonstra a humildade de Deus, que se fez pobre.

Bento XVI manifestou que o Natal se transformou em uma "festa do comércio" cujas luzes escondem o mistério da humildade de Deus, que nos convida à humildade e à simplicidade.

"Peçamos ao Senhor que nos ajude a atravessar com o olhar as fachadas deslumbrantes deste tempo até encontrar atrás delas o menino no estábulo de Belém, para descobrir assim a verdadeira alegria e a verdadeira luz", continuou.

O papa também se referiu à igreja da Natividade de Belém, erguida no lugar onde Jesus nasceu, e disse que da porta de entrada, que a princípio tinha cinco metros e meio de altura, só restou uma abertura de um metro e meio e é preciso se agachar para entrar.

Embora essa redução possa ser para protegê-la melhor de eventuais ataques e evitar que entrassem a cavalo nela, tem um significado mais profundo: quem deseja entrar no lugar do nascimento de Jesus, tem que se inclinar.

"Se queremos encontrar Deus que surgiu como criança, temos de nos apear do cavalo de nossa razão 'iluminada'. Devemos depor nossas falsas certezas, nossa soberba intelectual, que nos impede de perceber sua proximidade. Temos de seguir o caminho de São Francisco, que é a extrema simplicidade exterior e interior que faz o coração capaz de ver".

O papa exortou os fiéis a comemorar o Natal renunciando à obsessão "pelo que é material, mensurável e tangível" e pediu para todos aqueles que têm que viver o Natal na pobreza, na dor, na condição de emigrantes, que apareça perante eles um raio da bondade de Deus".

A Missa do Galo começou com o anúncio do nascimento do Senhor com a leitura do antigo texto da Calenda e seguiu com uma homenagem de flores perante a imagem do Menino Jesus realizada por várias crianças de diferentes nações.

Terminada a missa, as milhares de pessoas que foram à basílica contemplaram no centro da Praça de São Pedro o Portal de Belém levantado diante do obelisco.

Antes da Missa do Galo, no meio da tarde, Bento XVI acendeu o Círio da Paz na janela de seu apartamento.
FONTE: TERRA / FOLHA.COM / UOL NOTÍCIAS

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