2º ENCONTRO
JESUS É SUSTENTADO PELO AMOR DO
SEU ABBÁ
Na sociedade pós-moderna,
há um incentivo ao individualismo, gerando o fechamento das pessoas sobre si
mesmas.
Aumentam a
intolerância, o preconceito, a competição, a inveja, a violência física, moral
e simbólica, criando muros invisíveis para o relacionamento entre as pessoas.
Experiências:
- Sua fé em Jesus já lhe proporcionou momentos
de alegria intensa?
- Como esses momentos de alegria ajudam você a
acolher e a compreender as outras pessoas?
> As
alegrias tem que ser resgatada para ficarmos de bem com a vida.
O jeito novo,
inédito, de Jesus se relaciona com as pessoas e a força da sua profecia. Tem
origem na relação de intimidade que ele mantém com o seu Abbá (papai).
As primeiras
palavras que as crianças da Galileia aprendiam a balbuciar (falar) eram:
IMMÁ = mamãe
ABBÁ = papai
É assim que
Jesus gosta de se dirigir a Deus: “Abbá!”
A expressão
Abbá brota do mais profundo ser de Jesus. Lembra a relação de carinho e de
confiança da criança com seus pais.
Mostra que
Jesus experimenta Deus como alguém muito próximo, bom, compassivo, querido...
A bondade de
Abbá já está acontecendo no mundo sob a forma de compaixão.
Jesus vive
esta intimidade amorosa com Deus, na simplicidade e na espontaneidade.
COMPAIXÃO =
sentir o que a outra pessoa sente.
Jesus nutre
essas relações novas, cheias de ternura, e sua audaciosa profecia através dos
momentos de intimidade com o seu Abbá. Depois de longas caminhadas e muitos
encontros, Jesus refaz as suas forças nas madrugadas, em silêncio junto ao Pai.
(Mc 1, 35-39)
A relação de
Jesus com o Pai é como um grão de trigo semeado na terra, que fica escondido
por um tempo, mas que se manifestará, em seguida, como espiga granada e bonita.
Assim é a
bondade de Deus. Agora, está escondida debaixo da complexa realidade da vida,
porém, um dia acabará triunfando sobre o poder da morte.
A partir
justamente da experiência de acolhida amorosa por parte de Jesus, a nova
comunidade deve acolher a todas as pessoas sem hierarquias, nem discriminações.
ACOLHIDA SEMPRE GRATUITA E INCONDICIONAL.
Reunidos ao
redor de Jesus, os discípulos e as discípulas aprendem a conviver. Aprendem a
fazer a vontade de Deus, que é amar, partilhar, solidarizar, acolher, etc.
E viver o
amor é estar em disponibilidade total ao chamado de Jesus para ser sua presença
em cada situação desafiadora da vida.
Ser presença
de Jesus ressuscitado em um mundo marcado pela tirania e a violência só é
possível quando vivemos em comunidade sensível e aberta, solidária, atenta.
Uma comunidade que perdoa! Porque só o perdão, a
superação do ódio e do ressentimento, pode construir a paz.
É
interessante observar que na nova comunidade formada por Jesus há muitas
diferenças entre as pessoas. Jesus reúne pescadores pobres que tinham somente
redes (Mc 1, 16-18) e pescadores que tem uma pequena empresa familiar, com
redes, barco e empregados (Mc 1, 19-20). Depois, chama Levi, um cobrador de
impostos que estava sentado na coletoria e, certamente, sabia escrever (Mc 2,
13-14). Muitas outras pessoas vão se reunindo ao redor de Jesus. “Eram muitos os
que o seguiam.” (Mc 2, 15b). Inclusive mulheres “o seguiam e o serviam desde
quando estava na Galileia.” (Mc 15, 40-41).
No Evangelho
de Marcos, Jesus só vai uma vez a Jerusalém e é condenado a morte.
Jesus forma
essa comunidade com grande diversidade de experiências culturais, posições
sociais, visões de mundo e de Deus para que ela se torne um espelho para nós. Não
é uma comunidade unida por laços de sangue, nem por uma ideologia, nem por
interesses financeiros, nem pelo desejo de ter status.
Foram
atraídos (as) por Jesus para serem enviados (as). É isso que Jesus quer dizer
com a frase: “Quem faz a vontade de Deus, esse é meu irmão, minha irmã, minha
mãe.”
Observe que
Jesus não usa a palavra “pai”. Isso mostra que a proposta de Jesus é formar uma
comunidade de irmãos e irmãs a serviço dos pequeninos e pobres, dos esquecidos,
pelas autoridades de seu tempo.
LER Mc 3, 35.
Na comunidade
de Jesus há uma igualdade básica entre discípulos e discípulas. Caminhando
continuamente com Jesus essa comunidade vai ter que aprender que entre seus
participantes, ninguém é melhor do que ninguém.
Por isso,
quando estava subindo para Jerusalém, já bem próximo da sua Páscoa, Jesus diz
aos discípulos: (LER Mc 10, 42-44 / A fala estão nesses versículos bíblicos).
LEITURA: Mc
3, 1-6.
Através da
profecia, Jesus denuncia com coragem o sistema da morte com seu legalismo e
suas exclusões em nome de Deus. Com eterna compaixão, Jesus inclui as pessoas
doentes, excluídas, empobrecidas, fazendo-as experimentar a misericórdia de
Deus.
O Evangelho
de Marcos tem 16 capítulos e no capítulo 3 Jesus já estava condenado.
Com a
iluminação que lhe vendo amor do Pai, Jesus percebe a urgência do anúncio do
Reino de Deus para os pequenos. Jesus denuncia esta situação diretamente, sem
medo e com a maior clareza. (Mc 7, 14-23)
A oposição
cresce!!!
Na agonia do Horto e na hora de morrer, Jesus reza! Pede forças para
não voltar atrás!(Mc 14, 32-36)
Ressuscitado pelo Pai, Jesus continua presente no mundo. Quer reconstruir
a irmandade entre humanidade e natureza.
Vamos nos colocar, hoje, diante de Deus, na entrega e abandono total,
reafirmando o nosso seguimento de Jesus e o compromisso com o seu projeto!
TEXTOS: TRABALHO EM GRUPO:
Mc 1, 35-39 ; Mc 10, 42-45
1)
O que chama sua atenção nestes textos?
2)
Que mensagem este texto traz para sua vida,
hoje?
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