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domingo, 19 de maio de 2019

Jornada Bíblica - 12º encontro.


Introdução

Nesta semana, destacaremos uma das expressões mais bonitas de Ex 2,23-25: “Deus se fez conhecer” (v.25). Essa afirmação bíblica apresenta um dos mistérios mais profundos da fé judaico-cristã; o Senhor se auto comunicou. Na investigação científica sobre Deus, o estudo desse processo é feito numa disciplina chamada “teologia da Revelação”.

Oração

Faça uma oração, clamando a presença do Espírito Santo, para que o estudo dessa semana gere frutos de vida cristã. Leia Ex 2,25 e reflita sobre o que significa a afirmação de que Deus se fez conhecer.

Texto de estudo

A afirmação de que Deus se fez conhecer é fundamental para nossa fé (cf. Ex 2,25). Sabendo disso, a Igreja Católica, mediante seu Magistério, elaborou um documento muito importante sobre este assunto, a Constituição Dogmática Sobre a Revelação, a Dei Verbum. A expressão latina, Dei Verbum, significa “Palavra de Deus”.

O que é o Magistério da Igreja?

O rico Magistério da Igreja Católica tem muitos documentos para ensinar o povo de Deus ao longo de sua história de dois mil anos. Como uma mãe que educa um filho, ela lê a Sagrada Escritura e da Sagrada Tradição e transmite o ensinamento da Palavra de Deus aos fieis.
Deste modo, o Magistério da Igreja constitui-se como todo conjunto de ensinamentos ministrados pelos papas, em conjunto com o colégio de cardeais, mediante uma leitura profunda tanto do contexto histórico, quanto da Bíblia e da Tradição.
Nesta semana, faremos um estudo sobre alguns poucos aspectos de um desses documentos, a Constituição Dogmática sobre a Revelação Divina, a Dei Verbum, do Concílio Vaticano II.

Por que estudar um pouco sobre o tema da teologia da Revelação é importante?

A teologia da revelação é singularmente importante, porque ela prepara o terreno para qualquer coisa que queiramos dizer em todo o campo da reflexão sobre Deus.

O que a Igreja ensina sobre a Revelação divina?

A partir das Escrituras e da Tradição, a Igreja ensina que Deus se revelou. Preste atenção no que afirma o documento Dei verbum, no número 1:
“Aprouve a Deus, na sua bondade e sabedoria, revelar-se a Si mesmo e dar a conhecer o mistério da sua vontade (cf. Ef 1,9), segundo o qual os homens, por meio de Cristo, Verbo encarnado, têm acesso ao Pai no Espírito Santo e se tornam participantes da natureza divina (cf. Ef 2,18; 2Pd 1,4). Em virtude desta revelação, Deus invisível (cf. Cl 1,15; 1Tm 1,17), na riqueza do seu amor fala aos homens como amigos (cf. Ex 33,11; Jo 15,14-15) e convive com eles (cf. Br 3,38)”.
Neste trecho, o Magistério ensina que Deus se revelou por vontade própria, por Graça. Nada, a não ser Ele mesmo, na sua infinita bondade, foi o motivo desse processo. Assim, é possível dizer: o Senhor se comunicou ao ser humano por amor, já que Ele mesmo é amor (cf. 1Jo 4,8.16).

Mas para que Deus se revelou?

A Igreja, sabiamente, ensina no Concílio Vaticano II que Deus se revelou “para convidar (os seres humanos) e admitir à comunhão com Ele”. Em outras palavras, o Senhor se comunicou a fim de que todos os homens e mulheres fossem salvos.
Neste sentido, a salvação deve ser entendida como uma comunhão com Deus nesta vida e também por toda eternidade. Com efeito, tal realidade é compreendida, biblicamente, na categoria do “Reino de Deus”.

O que o Reino de Deus tem a ver com a revelação divina?

O Reino de Deus consiste na própria pessoa de Cristo, revelador do Pai e do Espírito Santo. Uma vez que a humanidade O aceita, movida pela Graça, ela atua com Cristo, por Cristo e em Cristo, tornando o reinado do Senhor mais perceptível no mundo.
É diante dessa verdade que a Igreja se compreende como “sacramento universal de Salvação”. Deste modo, ela é o sinal do Reino no mundo, ao apontar para o Cristo e Sua vontade.
É sempre importante lembrar que este Reino de Deus, embora presente no já da história humana, por meio da ação de Deus em Cristo, só se plenificará na glória eterna, quando o Filho voltar para julgar vivos e mortos.

Como Deus se revelou?

Dentro do documento Dei Verbum (n.1), o Magistério responde, afirmando que a “revelação realiza-se por meio de ações e palavras intimamente relacionadas entre si, de tal maneira que as obras, realizadas por Deus na história da salvação”.

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