Tema: Deus revela seu nome a Moisés (Ex 3, 13-15).
Introdução
Neste encontro, estudaremos um dos textos mais debatidos do
Antigo Testamento: Ex 3,14, no qual Deus revela o seu nome a Moisés. Mas qual é
o sentido da expressão “Eu sou o que sou?”
Oração
Faça uma oração, clamando a presença do Espírito Santo, para
que o estudo desse encontro gere frutos de vida cristã. Leia Ex 3,13-15 e
destaque o que mais te chamou a atenção.
TEXTO DE ESTUDO
Qual é o nome de Deus Pai, revelado a Moisés?
Depois de ouvir a ordem de retornar ao Egito em vista de
libertar os israelitas e a promessa de que o Senhor o acompanharia (cf. Ex
3,10-12), Moisés questiona a Deus mais uma vez: “Se me perguntarem qual é o Seu
nome; O que direi?” (v.13).
Ao responder, o Senhor se revela com um novo nome a Moisés,
diferente daquele que aparece em Ex 3,6: “Eu sou aquele que é” (cf. Ex 3,14).
O que um nome expressava para as pessoas daquela cultura?
Um nome significa mais que um rótulo verbal, de acordo com a
cultura daquela época. Para as pessoas bíblicas, um nome abrange toda uma
realidade complexa como, por exemplo, a missão que uma pessoa tem.
Apenas para exemplificar, mudanças importantes na vida de
uma pessoa são apropriadamente marcadas por uma mudança de nome, como Abrão
para Abraão (cf. Gn 17,5), Jacó para Israel (cf. Gn 32,28) ou Simão para Pedro
(Mt 16,17– 18).
Qual é o sentido da pergunta que Moisés fez a Deus?
Assim, o pedido de Moisés para que Deus revelasse seu nome
consiste numa demanda de conhecimento adequado a respeito do Senhor, relativo à
sua tarefa e ao seu caráter. Deste modo, a questão “Qual é o seu nome?”
significa “o que tu podes fazer?” ou “qual é o teu caráter?”
Qual é o significado de “Eu sou o Que sou”?
A passagem de Ex 3,14 consiste num dos textos mais debatidos
do Antigo Testamento. A expressão “Eu sou aquele que sou” constitui-se como um
dos assuntos mais controversos entre os pesquisadores.
Para alguns estudiosos da Bíblia, a expressão “Eu sou o que
sou” pode designar o fato de que Deus é o existente e Aquele que confere a
existência. Neste sentido, seria uma referência ao Criador.
É importante dizer, contudo, que esta concepção não é tão
aceita, já que ela está muito ligada às concepções filosóficas de um ser
metafísico. O autor do texto sagrado, muito provavelmente, não tinha isso no
seu imaginário quando escreveu esta narrativa.
Outros pesquisadores afirmam que
é possível que o sentido seja a designação da presença viva de Deus diante de
Moisés, do povo e do mundo. Deste modo, o que o autor queria expressar era que
o Senhor participa da vida dos israelitas de forma dinâmica e não como um ser
distante. Esta forma de explicar é mais aceita hoje em dia.
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