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sábado, 21 de setembro de 2019

Jornada Bíblica - 32º encontro.


Tema: O primeiro desafio da jornada no deserto (Ex 15,22-27).

Introdução
Neste encontro, estudaremos o primeiro desafio que os israelitas enfrentaram em sua jornada no deserto, a falta de água doce (Ex 15,22-27).

Oração
Faça uma oração, clamando a presença do Espírito Santo, para que o estudo desse encontro gere frutos de vida cristã. Leia Ex 15,22-27. Agora, destaque o que mais te chamou a atenção.

TEXTO DE ESTUDO

Qual é o significado do termo hebraico sur?
Deixando a região mar dos juncos, por onde o povo passou a pé enxuto, os israelitas chegaram ao deserto de Sur (cf. Ex 15,22), termo hebraico que significa muro. Isso pode ter se referido a uma série de fortes de fronteira estabelecidos pelos egípcios para controlar o influxo de estrangeiros do leste. Entretanto, na língua portuguesa, metaforicamente, faz referência aos muros, enquanto desafios que temos na vida.

Por que é tão importante a informação de que os israelitas caminharam por três dias no deserto?
Os israelitas caminharam por três dias, sem água, conforme a informação que é dada no v.22. Isso torna a narrativa muito dramática, já que é impossível sobreviver no meio do deserto sem esse elemento tão essencial por mais de quatro dias. E quando chegaram a um local, onde existia água, constaram que ela era amarga.

Qual é o sentido e o significado do termo hebraico mara?
Os israelitas chamaram esse lugar de Mara, que por sua vez significa, traduzindo para o português, amarga. Isso chama atenção, pois ao longo de todos esses versículos, aqui estudados, esse termo aparece por quatro vezes (cf. Ex 15,23: em português aparece 3x, pois está traduzido por amarga)!
O texto comunica ao leitor-ouvinte que a vida dos israelitas não estava fácil. Colocar-se no processo de libertação para garantir uma sobrevivência digna, livre das opressões, muitas vezes, leva o povo à amargura, à provação.

O que a dificuldade gerou nos israelitas?
Diante dessa situação, os israelitas murmuraram contra Moisés. Esta resposta é surpreendente se levarmos em consideração a recente libertação e as canções triunfais de adoração. Eles eram privilegiados por terem sido postos em liberdade de uma forma extraordinária. Contudo, a dificuldade, rapidamente, induziu-os a culpar o líder do processo do êxodo (cf. Ex 14,10-12; 16,2; 17,3; Nm 14,2; 16,11.41). Quantas vezes, reclamamos e nos esquecemos das obras do Senhor em nossa vida?

Ao interceder pelo povo, como Moisés será entendido, de acordo com a tradição bíblica?
Ao se deparar com a água amarga, o povo ficou desencorajado, mas Deus respondeu misericordiosamente à oração de Moisés e tornou a água potável (cf. Ex 15,25). Embora, num outro momento, Moisés já tivesse clamado a Deus pelo faraó, aqui, ele aparece como intercessor entre o povo e Deus pela primeira vez. A tradição bíblica entende esse ato como uma ação profética (cf. Gn 20,7).

Qual é o sentido do pedaço de madeira que foi jogado na água?
Não é incomum para os comentaristas citarem as tradições locais sobre um tipo de espinheiro nativo da região que absorve a salinidade da água, mas nenhuma investigação científica forneceu a identificação ou confirmou a existência de tal arbusto. Em um período posterior, Plínio, um historiador antigo, relatou que havia um tipo de cevada que poderia neutralizar o conteúdo salino.
O que está em jogo nessa narrativa é o seguinte: a madeira jogada na água não teve um efeito mágico; trata-se de um ato simbólico na expectativa de que Deus operasse um milagre (como quando Moisés levantou seu cajado sobre o mar, em Ex 14,16). Isso aponta para a ação de fé de Moisés, ao jogar o pedaço de madeira, como resposta ao Senhor, o libertador de Israel.

O que o final dessa passagem enfatiza?
O final dessa passagem enfatiza os benefícios que pertencem a Israel, se eles permanecerem leais a Deus. A obediência aos mandamentos e decretos do Senhor é um tema que reaparece frequentemente no resto do Êxodo, especialmente em conexão com a aliança feita no Sinai. Desse modo, o Senhor deu ao povo um princípio simples: obediência traz bênção e desobediência traz julgamento.

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