Tema: A guerra contra Amalec (Ex 17,8-16).
Introdução
No encontro dessa semana, estudaremos a passagem de Ex
17,8-16 que fala sobre o episódio da guerra contra Amalec, a primeira narrativa
de guerra entre Israel e algum povo. Nesse sentido, trata-se de uma das
passagens mais importantes para a compreensão do modo de agir de Deus ao longo
de todo restante da história.
Oração
Faça uma oração, clamando a presença do Espírito Santo, para
que o estudo dessa semana gere frutos de vida cristã.
Leia Ex 17,8-16. Agora, destaque o que mais te chamou a
atenção.
TEXTO DE ESTUDO
Quem era Josué?
Em Ex 17,9, pela primeira vez, aparece a figura de Josué;
seu nome significa “Deus salva” (Nm 13,16; Eclo 46,1). Ele se tornará, mais a
frente, o comandante-em-chefe de Moisés e líder dos israelitas (cf. Ex 24,13;
33,11; Dt 34,9; Js 1,1-9). Ele será contado como um dos poucos que são
verdadeiramente fiéis no deserto (cf. Nm 14,6-9.30).
Quem eram os amalequitas?
Os amalequitas eram descendentes de Esaú (Edom) (cf. Gn
36,12.16). Seu território estava situado no deserto ao sul de Canaã, ao norte
da localização dos israelitas naquele momento (cf. Gn 14,7; Nm 13,29).
O que o autor quer ensinar ao dar enfoque nas mãos de
Moisés?
O foco nas mãos de Moisés (cf. Ex 17, 9. 11. 12) manifesta
duas coisas que o povo de Israel precisa levar a sério:
(1) Moisés é aquele a quem o Senhor escolheu liderar Israel.
Observe que as suas mãos dizem respeito a quem prevaleceu (cf. Ex 17, 11:
Israel);
(2) o Senhor é responsável por realizar a libertação de
Israel por meio de Moisés, representado pelo cajado de Deus em sua mão (cf. Ex
17,9) e pelo fato de que suas mãos se cansaram (cf. Ex 17, 12), mostrando sua
fraqueza humana.
Como os estrategistas e líderes dos exércitos guiavam seus
homens durante a batalha?
Sinais eram frequentemente usados pelos líderes militares
para implementar as estratégias durante uma batalha, transmitindo de longe uma
ordem. É possível que Moisés tenha usado o cajado dessa maneira, ou seja, para
passar alguma mensagem ao longo da peleja. Existem textos extrabíblicos
egípcios que falam das armas erguidas do Faraó para trazer proteção e sinalizar
o ataque.
Tudo leva a crer que, ao erguer o cajado de Deus, para dar
as ordens aos soldados à distância, Moisés estava transmitindo a vontade do
Senhor. O simbolismo desse objeto veio sendo construído, ao longo da narrativa.
Esse instrumento designa o agir de Deus (cf. Ex 7,12-20; 8,5.16; 9,23; 10,13;
14,16).
Assim, quando Moisés foi incapaz de transmitir a orientação
divina mediante seus sinais, os israelitas não foram capazes de ter sucesso.
Quem foi Hur?
Hur, mais tarde, será um dos líderes que ajudará Aarão a
governar o povo enquanto Moisés estava no monte Sinai (cf. Ex 24,14). Ele pode
ser o mesmo Hur que foi o avô de Beseleel - um dos artesãos que construiu o
tabernáculo e seus móveis (ver 31,2; 35,30; 38,22; 1Cr 2,20). Posteriormente, a
tradição nomeia Hur como marido de Miriã, irmã de Moisés e Arão (essa
informação será transmitida por Flávio Josefo em seu livro, Antiguidades
Judaicas, 3.54).
Qual é o significado de se ter um altar com o nome “o Senhor
é minha bandeira”?
Ao final da narrativa, Moisés construiu um altar em
comemoração da vitória e lhe deu o nome de “o Senhor é minha bandeira” (cf. Ex
17,15). Essa nomenclatura evoca a ideia de que Deus é o líder do exército de
Israel.
Essa prática era comum entre os povos do Antigo Oriente
Próximo. O exército dos egípcios, por exemplo, tinha suas divisões nomeadas a
partir das divindades. Os estandartes de identificação traziam menções dos
deuses.
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