Pesquisar este blog

domingo, 22 de setembro de 2019

Jornada Bíblica - 35º encontro.


Tema: A guerra contra Amalec (Ex 17,8-16).

Introdução
No encontro dessa semana, estudaremos a passagem de Ex 17,8-16 que fala sobre o episódio da guerra contra Amalec, a primeira narrativa de guerra entre Israel e algum povo. Nesse sentido, trata-se de uma das passagens mais importantes para a compreensão do modo de agir de Deus ao longo de todo restante da história.

Oração
Faça uma oração, clamando a presença do Espírito Santo, para que o estudo dessa semana gere frutos de vida cristã.
Leia Ex 17,8-16. Agora, destaque o que mais te chamou a atenção.

TEXTO DE ESTUDO

Quem era Josué?
Em Ex 17,9, pela primeira vez, aparece a figura de Josué; seu nome significa “Deus salva” (Nm 13,16; Eclo 46,1). Ele se tornará, mais a frente, o comandante-em-chefe de Moisés e líder dos israelitas (cf. Ex 24,13; 33,11; Dt 34,9; Js 1,1-9). Ele será contado como um dos poucos que são verdadeiramente fiéis no deserto (cf. Nm 14,6-9.30).

Quem eram os amalequitas?
Os amalequitas eram descendentes de Esaú (Edom) (cf. Gn 36,12.16). Seu território estava situado no deserto ao sul de Canaã, ao norte da localização dos israelitas naquele momento (cf. Gn 14,7; Nm 13,29).

O que o autor quer ensinar ao dar enfoque nas mãos de Moisés?
O foco nas mãos de Moisés (cf. Ex 17, 9. 11. 12) manifesta duas coisas que o povo de Israel precisa levar a sério:
(1) Moisés é aquele a quem o Senhor escolheu liderar Israel. Observe que as suas mãos dizem respeito a quem prevaleceu (cf. Ex 17, 11: Israel);
(2) o Senhor é responsável por realizar a libertação de Israel por meio de Moisés, representado pelo cajado de Deus em sua mão (cf. Ex 17,9) e pelo fato de que suas mãos se cansaram (cf. Ex 17, 12), mostrando sua fraqueza humana.

Como os estrategistas e líderes dos exércitos guiavam seus homens durante a batalha?
Sinais eram frequentemente usados pelos líderes militares para implementar as estratégias durante uma batalha, transmitindo de longe uma ordem. É possível que Moisés tenha usado o cajado dessa maneira, ou seja, para passar alguma mensagem ao longo da peleja. Existem textos extrabíblicos egípcios que falam das armas erguidas do Faraó para trazer proteção e sinalizar o ataque.

Qual é a mensagem que o autor transmite ao dizer que Moisés erguia a vara de Deus durante a batalha?
Tudo leva a crer que, ao erguer o cajado de Deus, para dar as ordens aos soldados à distância, Moisés estava transmitindo a vontade do Senhor. O simbolismo desse objeto veio sendo construído, ao longo da narrativa. Esse instrumento designa o agir de Deus (cf. Ex 7,12-20; 8,5.16; 9,23; 10,13; 14,16).
Assim, quando Moisés foi incapaz de transmitir a orientação divina mediante seus sinais, os israelitas não foram capazes de ter sucesso.

Quem foi Hur?
Hur, mais tarde, será um dos líderes que ajudará Aarão a governar o povo enquanto Moisés estava no monte Sinai (cf. Ex 24,14). Ele pode ser o mesmo Hur que foi o avô de Beseleel - um dos artesãos que construiu o tabernáculo e seus móveis (ver 31,2; 35,30; 38,22; 1Cr 2,20). Posteriormente, a tradição nomeia Hur como marido de Miriã, irmã de Moisés e Arão (essa informação será transmitida por Flávio Josefo em seu livro, Antiguidades Judaicas, 3.54).

Qual é o significado de se ter um altar com o nome “o Senhor é minha bandeira”?
Ao final da narrativa, Moisés construiu um altar em comemoração da vitória e lhe deu o nome de “o Senhor é minha bandeira” (cf. Ex 17,15). Essa nomenclatura evoca a ideia de que Deus é o líder do exército de Israel.
Essa prática era comum entre os povos do Antigo Oriente Próximo. O exército dos egípcios, por exemplo, tinha suas divisões nomeadas a partir das divindades. Os estandartes de identificação traziam menções dos deuses.

Nenhum comentário:

Postar um comentário