Pesquisar este blog

segunda-feira, 17 de junho de 2019

Jornada Bíblica - 19º encontro.


Tema: Moisés e a sua oração sincera (Ex 5,19-6,1)

Introdução
Neste encontro, estudaremos a oração sincera que Moisés dirigiu a Deus, depois de ter sido interpelado pelos escribas israelitas. Trata-se de uma narrativa que revela as dificuldades daquele que é chamado por Deus, bem como, também, a pronta resposta do Senhor.

Oração
Faça uma oração, clamando a presença do Espírito Santo, para que o estudo desse encontro gere frutos de vida cristã. Leia Ex 5,19-6,1 e destaque o que mais te chamou a atenção.

TEXTO PARA ESTUDO

O que o verbo “viram-se” pode significar?
Ex 5,19 dá início a um novo bloco narrativo com a constatação feita pelos escribas israelitas de que estavam em situação má. O verbo utilizado “viram-se”, em hebraico, pode designar uma percepção e compreensão mental. Isso dá ainda mais dramaticidade ao relato, pois esses líderes parecem ter ficado calados por conta do pavor que sentiram.

Qual foi a resposta do poder opressor diante do pedido dos escribas israelitas?
A constatação é dura: “Não diminuireis em nada a produção dos tijolos de cada dia” (v.20). Diante disso, o autor reforça que o poder opressor não atendeu às reivindicações dos escribas israelitas; eles não conseguirem qualquer mínimo progresso (Ex 5,17-18).
Ao contrário, quando se depararam com Moisés e Aarão (Ex 5,20), os escribas israelitas revelaram um fato que, até então, o narrador tinha mantido em segredo: diante do faraó, eles foram ameaçados de morte (Ex 5,21). Com essa informação, o autor aumenta a tensão da história.

O que os escribas israelitas fizeram contra Moisés e Aarão?
Com essa experiência aterrorizante, os escribas israelitas se dirigem a Moisés e Aarão, afirmando que esses precisavam de um julgamento da parte do Senhor. Claramente, o faraó culpou aos escribas israelitas (Ex 5,17); esses, por sua vez, culparam a Moisés e Aarão (Ex 5,21); e, por fim, Moisés culpará a Deus, em sua oração (Ex 5,22-23).

Por que Moisés utiliza o verbo maltratar tanto para Deus quanto para o Faraó?
Tendo sido atacado, de algum modo, pelos escribas israelitas, Moisés se volta ao Senhor e lhe dirige duras palavras, inicialmente, mediante duas perguntas.
Na primeira, ele expressa um julgamento a respeito de Deus, ao dizer que esse maltratava o povo. Chama a atenção o fato de que o verbo “maltratar” foi empregado, na mesma oração, tendo como sujeito dessa ação o próprio faraó. Com isso, o líder israelita equipara Javé ao rei do Egito.
Na segunda pergunta, Moisés questiona sua vocação. Isso prepara a próxima cena que terá como assunto um novo chamado de Deus a Moisés (Ex 6,2-13). Esse trecho será estudado na próxima semana.

Por que e como Moisés acusou a Deus?
Além dos dois questionamentos, Moisés acusou a Deus de não fazer nada para libertar o seu povo da escravidão (Ex 5,23). Parece que, aqui, o líder dos israelitas se esqueceu dos prodígios e sinais operados pelo Senhor, ao longo da narrativa (Ex 3,2-3; 4,28-31).

O que a utilização da expressão “mão forte” anuncia no fluxo narrativo?
No último versículo desse conjunto (Ex 6,1), o Senhor responde Moisés, afirmando que intervirá com mão poderosa no Egito, em vista de libertar seu povo da escravidão.
A expressão “com mão poderosa”, que se repete aqui por duas vezes, constitui-se num sinal de que se dará o início da intervenção do Senhor no Egito. Com efeito, Deus já havia adiantado a Moisés, em Ex 3,19-20, lá no Monte Horeb, que sabia que o faraó não os deixaria sair tão fácil da casa da escravidão e que teria que ferir o Egito com sua própria mão. Deus tem o controle de todas as coisas!

Nenhum comentário:

Postar um comentário