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quarta-feira, 21 de agosto de 2019

Jornada Bíblica - 21º encontro.


Tema: As duas primeiras pragas: a água transformada em sangue e a invasão das rãs.

Introdução

Neste encontro, estudaremos, em dois momentos, as duas primeiras pragas com as quais o Senhor feriu o Egito: a água transformada em sangue (Ex 7,14-25) e a invasão das rãs (Ex 7,26-8,11).

Oração
Faça uma oração, clamando a presença do Espírito Santo, para que o estudo desse encontro gere frutos de vida cristã. 

Leia Ex 7,14-25. Depois de uma pausa para meditar sobre a primeira praga, leia Ex 7,26-8,11. Agora, destaque o que mais te chamou a atenção.

TEXTO PARA ESTUDO.

Como está organizada cada narrativa das pragas no Egito?
Nos relatos das pragas no Egito (cf. Ex 7,14-11,10), é possível constatar um padrão de seis partes em cada narrativa, embora estes elementos nem sempre aparecem em todas as pragas:
1) O Senhor informa Moisés sobre a praga;
2) Moisés avisa ao faraó;
3) A praga ocorre;
4) O faraó pede para Moisés que a praga seja removida;
5) A praga é removida;
6) O coração do faraó é endurecido.

O que o texto quer ensinar quando mostra que a primeira praga já tinha sido anunciada anteriormente?
A transformação da água em sangue, a primeira praga com a qual o Egito foi atingido (Ex 7,14-25), foi anunciada no texto do chamado de Moisés (cf. Ex 4,9). Assim, o Senhor está cumprindo uma promessa feita anteriormente. Com isso, o autor destaca que o líder do êxodo pode confiar em Deus.

O que significa a expressão “as águas se converteram em sangue”?
Ao dizer que as águas se converterão em sangue, por três vezes (Ex 7,17.19.20), o autor utiliza uma construção típica na língua hebraica que descreve a alteração completa de uma realidade (cf. Dt 23,5; Jr 31,13; Am 5,8), denotando que ocorreu uma mudança radical de um elemento no outro. As águas não ficaram como sangue; elas se transformaram, verdadeiramente, em sangue! Isso torna a narrativa ainda mais dramática.

Qual é a importância do rio Nilo para o Egito?
O termo, no singular, “rio” aparece por 12 vezes nessa narrativa (Ex 7,17.18[3x].20.21[3x].24 [2x].25); no plural, uma vez (v.19). O rio do qual o texto fala é o Nilo. Sem ele, não há qualquer possibilidade de sobrevivência nessa região. O Egito tem apenas 5% de seu território habitável, ou seja, somente às margens desse importante curso de água. Todo o restante do país é deserto; no oeste, está o Saara; no leste, o Sinai.
Pela tamanha importância do Nilo para o Egito, seus habitantes o tinham como uma divindade. Deus, portanto, feriu um deus Egípcio (Ex 7,17.20.25). Diante dessa informação, faz sentido a ordem de Deus: “Nisto saberás que eu sou o Senhor” (Ex 7,17). Assim, o Deus dos hebreus é soberano (Ex 7,16) e inclusive capaz de dominar o próprio coração do faraó, outra divindade (Ex 7,3.13.14).

Quais foram os efeitos dessa praga na terra do Egito?
Desse modo, os efeitos sobre o Egito foram devastadores. Não havia mais qualquer possibilidade de sobrevivência. Toda a água acabou (Ex 7,20). Os peixes, um dos alimentos mais abundantes dessa região, morreram (Ex 7,18) e passaram a cheirar mal (Ex 7,18). Os egípcios estão com sede e com fome (Ex 7,18.21.24).

Qual foi a segunda praga?
A segunda praga com a qual o Senhor feriu o Egito foram as rãs.

Qual é o sentido da praga das rãs?
É possível que essa praga, como a primeira, tenha sido considerada como um julgamento sobre o politeísmo egípcio, pois uma deusa com cabeça de sapo chamada Heqt era a consorte do deus Khnum, a quem se atribuiu a formação do homem a partir do barro. Ela foi associada com a fertilidade e tinha finalidade de ajudar as mulheres no parto.
Assim, a praga pode ter sido considerada uma retribuição pelo decreto que ordenava às parteiras que matassem os recém-nascidos no nascimento.

Como as rãs eram vistas pela cultura dos israelitas?
De acordo com a Lei no Antigo Testamento, rãs não têm barbatanas e escamas e, portanto, são impuras como alimento (Lv 11,9-12); elas também podem se qualificar como “criaturas fervilhantes”, também impuros (Lv 11,41).

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