Tema: As duas primeiras pragas: a água transformada em
sangue e a invasão das rãs.
Introdução
Neste encontro, estudaremos, em dois momentos, as duas
primeiras pragas com as quais o Senhor feriu o Egito: a água transformada em
sangue (Ex 7,14-25) e a invasão das rãs (Ex 7,26-8,11).
Oração
Faça uma oração, clamando a presença do Espírito Santo, para
que o estudo desse encontro gere frutos de vida cristã.
Leia Ex 7,14-25. Depois
de uma pausa para meditar sobre a primeira praga, leia Ex 7,26-8,11. Agora,
destaque o que mais te chamou a atenção.
TEXTO PARA ESTUDO.
Como está organizada cada narrativa das pragas no Egito?
Nos relatos das pragas no Egito (cf. Ex 7,14-11,10), é
possível constatar um padrão de seis partes em cada narrativa, embora estes
elementos nem sempre aparecem em todas as pragas:
1) O Senhor informa Moisés sobre a praga;
2) Moisés avisa ao faraó;
3) A praga ocorre;
4) O faraó pede para Moisés que a praga seja removida;
5) A praga é removida;
6) O coração do faraó é endurecido.
O que o texto quer ensinar quando mostra que a primeira
praga já tinha sido anunciada anteriormente?
A transformação da água em sangue, a primeira praga com a
qual o Egito foi atingido (Ex 7,14-25), foi anunciada no texto do chamado de
Moisés (cf. Ex 4,9). Assim, o Senhor está cumprindo uma promessa feita
anteriormente. Com isso, o autor destaca que o líder do êxodo pode confiar em
Deus.
O que significa a expressão “as águas se converteram em
sangue”?
Ao dizer que as águas se converterão em sangue, por três vezes
(Ex 7,17.19.20), o autor utiliza uma construção típica na língua hebraica que
descreve a alteração completa de uma realidade (cf. Dt 23,5; Jr 31,13; Am 5,8),
denotando que ocorreu uma mudança radical de um elemento no outro. As águas não
ficaram como sangue; elas se transformaram, verdadeiramente, em sangue! Isso
torna a narrativa ainda mais dramática.
Qual é a importância do rio Nilo para o Egito?
O termo, no singular, “rio” aparece por 12 vezes nessa
narrativa (Ex 7,17.18[3x].20.21[3x].24 [2x].25); no plural, uma vez (v.19). O
rio do qual o texto fala é o Nilo. Sem ele, não há qualquer possibilidade de
sobrevivência nessa região. O Egito tem apenas 5% de seu território habitável,
ou seja, somente às margens desse importante curso de água. Todo o restante do
país é deserto; no oeste, está o Saara; no leste, o Sinai.
Pela tamanha importância do Nilo para o Egito, seus
habitantes o tinham como uma divindade. Deus, portanto, feriu um deus Egípcio
(Ex 7,17.20.25). Diante dessa informação, faz sentido a ordem de Deus: “Nisto
saberás que eu sou o Senhor” (Ex 7,17). Assim, o Deus dos hebreus é soberano
(Ex 7,16) e inclusive capaz de dominar o próprio coração do faraó, outra
divindade (Ex 7,3.13.14).
Quais foram os efeitos dessa praga na terra do Egito?
Desse modo, os efeitos sobre o Egito foram devastadores. Não
havia mais qualquer possibilidade de sobrevivência. Toda a água acabou (Ex
7,20). Os peixes, um dos alimentos mais abundantes dessa região, morreram (Ex
7,18) e passaram a cheirar mal (Ex 7,18). Os egípcios estão com sede e com fome
(Ex 7,18.21.24).
Qual foi a segunda praga?
A segunda praga com a qual o Senhor feriu o Egito foram as
rãs.
Qual é o sentido da praga das rãs?
É possível que essa praga, como a primeira, tenha sido
considerada como um julgamento sobre o politeísmo egípcio, pois uma deusa com
cabeça de sapo chamada Heqt era a consorte do deus Khnum, a quem se atribuiu a
formação do homem a partir do barro. Ela foi associada com a fertilidade e
tinha finalidade de ajudar as mulheres no parto.
Assim, a praga pode ter sido considerada uma retribuição
pelo decreto que ordenava às parteiras que matassem os recém-nascidos no
nascimento.
Como as rãs eram vistas pela cultura dos israelitas?
De acordo com a Lei no Antigo
Testamento, rãs não têm barbatanas e escamas e, portanto, são impuras como
alimento (Lv 11,9-12); elas também podem se qualificar como “criaturas
fervilhantes”, também impuros (Lv 11,41).
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