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quarta-feira, 21 de agosto de 2019

Jornada Bíblica - 22º encontro.


Tema: A terceira e a quarta pragas: os mosquitos (Ex 8,12-15) e as moscas (Ex 8,16-28)

Introdução
Neste encontro, estudaremos as duas pragas subsequentes: os mosquitos (Ex 8,12-15) e as moscas (Ex 8,16-28). Elas reservam ao leitor surpresas muitos interessantes sobre como Deus age na história em vista de libertar o seu povo oprimido.

Oração
Faça uma oração, clamando a presença do Espírito Santo, para que o estudo desse encontro gere frutos de vida cristã.

Leia Ex 8,12-15. Depois de uma pausa para meditar sobre a terceira praga, leia Ex 8,16-28. Agora, destaque o que mais te chamou a atenção.

TEXTO PARA ESTUDO.

A terceira praga foi mesmo de mosquitos?
O termo hebraico que na maioria das bíblias em português foi traduzido por “mosquitos” pode significar também qualquer pequeno inseto, até mesmo piolhos! Essa palavra, no texto original, refere-se a qualquer invertebrado pequeno que voa.

Como esses insetos são compreendidos na cultura dos israelitas?
De acordo com a tradição de Israel, na Lei do Antigo Testamento, esses pequenos invertebrados que voam são considerados impuros e, portanto, proibidos como alimento (cf. Lv 11,20; Dt 14,19).

O que significa dizer que o pó da terra se transformou em insetos?
Nem piolhos nem mosquitos vêm do pó da terra; entretanto, os piolhos podem ter sido associados ao solo, pois também rastejam. A intenção do autor, aqui, ao utilizar essa linguagem, consiste em transmitir que esse foi um ato sobrenatural.

Por que o autor faz questão de mostrar que os magos egípcios não tiveram sucesso ao tentar reproduzir a terceira praga?
Mais uma vez, os magos egípcios procuram imitar a praga, mas, desta vez, não conseguem (Ex 8,14). O verbo traduzido em português para denotar a ação dos falsários, “produzir”, em hebraico é o mesmo utilizado em Gn 1,12.24, no relato da criação do mundo. O que demonstra que apenas o Deus verdadeiro tem poder de dar ordem às coisas naturais para que elas produzam algo!

O que significa a expressão “dedo de Deus”?
Diante desse insucesso, os magos disseram que a praga ocorrida foi obra do “dedo de Deus” (Ex 8,15). Essa expressão aparece diversas vezes na Bíblia, tanto no Antigo Testamento (cf. Ex 31,18; Dt 9,10; Sl 8,4), quanto no Novo Testamento (cf. Lc 11,20), mas também nas diversas inscrições mágicas e religiosas egípcias. Desse modo, o autor revela que os magos reconheceram, no ocorrido, uma ação direta de Deus verdadeiro.

Por que, no início da narrativa da quarta praga, Deus ordenou que Moisés levantasse cedo e fosse encontrar o faraó às margens do rio Nilo?
O início da narrativa da quarta praga, em Ex 8,16, contém a ordem de Deus a Moisés para que fosse encontrar o faraó às margens do rio Nilo. Com isso, o autor retoma o início do confronto entre o líder israelita e o mandatário egípcio, situando-os novamente no mesmo local da primeira praga (cf. Ex 7,15).
Provavelmente, o escritor queira denotar, com isso, uma intensificação do conflito entre os dois personagens, aumentando o drama da narrativa, já que há também a utilização, dentro da nova ordem, da expressão “levante-te de manhã cedo” (cf. Ex 8,16) que será retomada em Ex 9,13. Há, portanto, aqui, o aumento da tensão.

Qual é a quarta praga e como a narrativa é diferente em relação à terceira?
Durante a quarta praga, a das moscas, o Senhor chama a atenção para a maneira diferente como Sua ação afetará os israelitas e os egípcios, pela primeira vez (cf. Ex 8,17-19). A partir desse relato, Deus fará uma distinção entre os opressores e os oprimidos de modo ainda mais claro (cf. Ex 9,4.26; 10,23).

Será que a quarta praga foi de moscas realmente?
A palavra hebraica usada aqui, arov, é ambígua (cf. Ex 8,17). Uma vez que significa literalmente “mistura”, muitas vezes, é interpretada como um enxame de insetos, como moscas. No entanto, esse significado é incerto.

O que o autor quer ensinar quando narra que Moisés se tornou um intercessor?
Outro detalhe interessante no relato da quarta praga consiste no início de uma nova função que será assumida por Moisés: a de intercessor ou intermediário entre Deus e os seres humanos. Nesse relato, por exemplo, o faraó pede que Moisés interceda por ele (cf. Ex 8,24-25). Com isso, o autor quer ensinar que há poder na oração do justo diante de Deus.

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